quarta-feira, 24 de novembro de 2010

IPIRANGA AUTO POSTO ITANHAEM


AUTO POSTO ITANHAEM,

Ele reinou absoluto desde seu nascimento, em 1981, quando a IBM revolucionou o mundo da tecnologia ao levar seu primeiro Personal Computer (PC) para além das fronteiras dos escritórios. O computador de mesa, finalmente, deixava de ser uma ferramenta destinada a especialistas para entrar na casa das pessoas comuns. De lá para cá, os desktops foram objeto de uma infinidade de inovações, alterando por completo seus formatos e recursos. Na última década, porém, a explosão da internet e a busca obsessiva pela mobilidade colocaram essa capacidade de transformação em xeque: afinal, os desktops estão com os dias contados?
 
De acordo com alguns números de mercado, o cenário parece pouco animador para os micros de mesa. Em mercados desenvolvidos, como Estados Unidos, Japão e Alemanha, os notebooks já representam, de longe, a maior fatia dos PCs vendidos. Mundialmente, os notebooks mostram sua força em resultados de companhias como a Apple. No trimestre encerrado em julho, a Apple apresentou uma queda de 10% na venda de PCs de mesa - de 943 mil para 849 mil unidades -, enquanto os notebooks cresceram 13%, para 1,75 milhão de máquinas.
No Brasil, quarto maior mercado de PCs do mundo, os laptops já são um terço do mercado. Resultados de companhias como a Positivo Informática ajudam a reforçar essa tendência. No primeiro semestre, mesmo sob efeito da crise econômica, a Positivo vendeu 288 mil unidades de seus portáteis, 52% a mais que o volume vendido entre janeiro e junho de 2008. No mesmo período, a venda de PCs de mesa caiu 16%. Em junho do ano passado, os portáteis respondiam por 29% dos micros vendidos pela companhia, diz César Aymoré, diretor de marketing da Positivo. Em junho deste ano, essa participação saltou para 40,7%.
Embora o ritmo dos laptops esteja acelerado no Brasil, a previsão é de que os micros de mesa vão preservar seu domínio no país por um bom tempo. Dos 10,4 milhões de PCs que serão vendidos este ano, 67% ainda serão desktops, de acordo com a consultoria IDC. A previsão é de que essa participação caia gradativamente - para 61% no ano que vem e 53% em 2011. Os notebooks, diz o analista José Martim Juacida, só serão maioria em 2012, quando os micros de mesa ficarão com 46% do mercado.
A resistência dos desktops no Brasil deve-se a uma combinação de fatores, a começar pela renda do consumidor que está comprando seu primeiro micro. "O poder aquisitivo de grande parte da população melhorou, mas ainda não é alto [o suficiente para adquirir um portátil]", diz Juacida.
Hoje, apenas 25% dos domicílios brasileiros têm computador. A classe C, a mais robusta do país, é a que mais tem puxado as vendas do setor. Essa força do mercado local de desktops foi o que levou a Hewlett-Packard (HP) a eleger, neste ano, o Brasil e a China como suas duas prioridades mundiais para vendas de micros de mesa, diz Dante Avanzi, gerente de desktops da HP.
O poder de resistência dos desktops não é influenciado somente pelo bolso do usuário novato. O perfil de uso também conta. "Para muita gente, o computador ainda não é pessoal - é familiar", diz Juacida, do IDC. A mesma máquina é compartilhada por vários membros da família, do pai que usa o computador para trabalhar aos filhos pequenos, mais interessados em navegar na web ou em disputar games on-line. Nesse tipo de arranjo, afirma o analista, a preferência recai sobre o desktop, porque ele permite aos pais um controle mais eficaz do acesso dos filhos, entre outras razões.
A capacidade de transformação do desktop é que garantirá seu lugar no futuro, diz Tomi Ahohen, consultor e especialista em telecomunicações da Universidade de Oxford. "Os notebooks vão engolir cada vez mais o espaço dos desktops, mas esses PCs não vão morrer."
A garantia de sobrevivência dos desktops, comenta Ahohen, está atrelada ao seu mais fiel usuário: as empresas. "Imagine uma central de atendimento ao cliente. É uma situação em que a mobilidade oferecida pelo notebook é absolutamente dispensável."
O especialista acredita, no entanto, que a capacidade de expansão mundial dos micros de mesa começa a arrefecer. "Ultrapassamos a marca de 1 bilhão de desktops no mundo, mas nunca chegaremos à de 2 bilhões, ao passo que atingiremos um volume de 7 bilhões a 9 bilhões de celulares em todo o planeta."

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